O que é o Halloween?

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A Festa nasceu há milhares de anos, entre os Celtas, que viviam nas Ilhas Britânicas e Norte da França. Eles adoravam a Natureza, sendo o Sol o mais importante de entre todos os seus Deuses. O povo Celta celebrava o Ano Novo no primeiro dia de Novembro, fazendo um Festival, conhecido como o "Samhain", que marcava o fim da estação do Sol e o início da estação da Escuridão e do Frio.

 

No último dia de Outubro, as fogueiras eram extintas nos lares. Os Druidas, Sacerdotes dos Celtas, encontravam-se na orla escura da floresta, nas árvores ocas (consideradas sagradas), acendiam novos fogos e sacrificavam animais. Enquanto dançavam à volta das fogueiras, a estação do Sol passava e a da escuridão começava. Os Druidas davam então uma tocha a cada família, para acenderem as fogueiras que manteriam os seus lares livres dos Maus Espíritos. O festival durava três dias e usavam-se máscaras feitas de peles e cabeças de animais.

 

No Século I os Romanos invadiram a Bretanha. O dia "Pomona", para os seus Deuses da Fruta e Jardins, coincidia com o "Samhain". Os dois acabaram por misturaram-se, originando daí em diante uma Festa maior. A Igreja Católica fez também mais tarde daquele dia um feriado cristão em honra de todos os Santos, chamando-lhe "Hallowmas", o que não fez as pessoas esquecerem dos seus antigos costumes, pois na véspera do também chamado "All Hallows",  continuaram a celebrar-se os antigos Festivais pagãos. Com o tempo, todas estas festas por fim se misturaram, tendo o último dia de Outubro ficado conhecido como a véspera de "All Hallows" e então mais tarde como Halloween.

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Aos EUA, esta festividade chegou em 1840, levada por imigrantes irlandeses que fugiam da fome no seu país. No Século XX, torna-se definitivamente o fenómeno que hoje conhecemos.

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A Abóbora e o Halloween

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Uma Abóbora com uma cara assustadora talhada, é o símbolo mais famoso da Noite de Halloween. Mas nem sempre foi assim…

 

Na celebração do Festival "Samhain" de origem Celta, utilizavam-se Nabos para se preparar pequenas Lanternas com a intenção de iluminar e homenagear os mortos e de oferecer protecção aos seus lares nessa longa e escura noite de transição. Quando os irlandeses chegaram à América não tinham cultivos próprios de Nabos, portanto tiveram que utilizar Abóboras, um produto que para além de abundante nas regiões, era muito fácil de tratar para que se transformasse em Lanterna. Sobre estas lanternas existe ainda uma lenda muito interessante, triste e um pouco tenebrosa.

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As Lanternas de Jack

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O protagonista desta história chamava-se Jack, o Bêbado e segundo a tradição Celta no folclore Irlandês, ele era tão astucioso e  inteligente que foi capaz de enganar o Diabo duas vezes.

 

Reza então a lenda que um dia ele estava na floresta e conseguiu enganar o Diabo para obter algumas frutas de uma árvore. Após ter convencido o Diabo a o ter ajudado, ele rapidamente esculpiu uma cruz nessa árvore fazendo com que o Diabo ficasse lá preso. Então Jack uma vez mais através da sua manha, fez agora com que o Diabo concordasse para que este deixasse a sua Alma em paz quando ele morresse. Pouco tempo depois Jack vem a morrer e para sua desgraça e infortúnio descobriu que a sua Alma não foi aceite no Céu.

 

Assim Jack não tendo outra alternativa foi desta vez até ao Inferno para pedir agora ao Diabo que o deixasse entrar, mas como o Diabo lhe tinha prometido nunca levar a sua Alma, ele envia-o de novo pelo mesmo caminho por onde Jack antes havia chegado. Como o caminho para o Inferno era muito escuro, o Diabo deu-lhe um carvão aceso para o iluminar, Jack decidiu então colocá-lo dentro de um Nabo, que tinha esvaziado de propósito para que o braseiro não se apagasse e que ao mesmo tempo servisse também como uma forma de Lanterna.

 

Conta por fim a lenda que desde então dessa altura Jack, o Bêbado vagueia por todo o mundo ainda à procura de um sítio para a sua Alma, sempre na companhia da iluminação da sua Lanterna.

 

Nos Estados Unidos da América e agora um pouco por toda a parte as “Lanternas de Jack” são fabricadas presentemente com Abóboras (em substituição dos Nabos), ficando conhecido mundialmente assim desta forma o mítico símbolo da Noite de Halloween.

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